Mas como bons Minhocas, não desistimos, e fomos a toque de caixa atravessando o centro de Quatro Barras em direção ao Anhangava. Além do pôr do sol, a outra parte da aventura era encarar uma descida noturna, para sentir a emoção que o Fôdo teve no acampamento do Itapiroca. Chegamos com horário apertado, e sacando rapidamente o material iniciamos a subida. De cara, a ladeirona ainda na estrada de chão, entre o campo e o início da trilha propriamente dita foi mais difícil que das vezes anteriores devido ao ritmo forte que imprimimos. Esse ritmo mataria 90% das forças do Sid. Iniciada a trilha, não conseguimos manter o velocidade desejada pois o Sid literalmente estava morrendo, sem fôlego. Foi preciso muito incentivo e 'trabalho de guincho' para que não parasse. Conseguimos manter a progressão, mesmo mais devagar, para chegarmos ao cume às 20h15. Mas, a exemplo do que aconteceu na primeira subida ao Mãe Catira, e na segunda tentativa, na Travessia para o Sete, chegamos ao cume sem enxergar nada no entorno. Estávamos literalmente 'nas nuvens'.
Paramos para descansar, recuperar o fôlego, colocar os corta ventos e jaquetas, reidratação e beliscar alguns petiscos típicos, como barras de cereal, mix de castanhas, bananas e sanduiches. Fizemos os primeiros testes com as lanternas, aliás, foi um item que acertadamente resolvemos duplicar e triplicar. Levamos quatro lanternas extras de mão, além das lanternas de cabeça para cada um dos cinco trekkers. Foi interessante o comentário do
E com os cuidados extras foi possível aproveitar bem a descida e até brincar um pouco. Fizemos uma rápida parada na vegetação mais alta entre o Anhangava e o Samambaia, onde nos protegemos um pouco da névoa para tirar as fotos a la Bruxas de Blair. Mantivemos um nível de conversa baixa, mas constante, para evitar encontros desnecessários com possíveis animais silvestres. Numa dessas conversas, a pérola da trilha foi da Elaine: "Falta muito para chegarmos nos degraus onde tem os paus de madeira?"... alguém conhece alguma loja onde venda paus de ferro ou de plástico? (rsrsrsrs). Chegamos ao final da trilha às 22h30, desligamos todas as lanternas para olharmos para cima: ali do pé do morro o céu estava limpo e repleto de estrelas, numa quantidade que só é possível ver afastado da luminosidade das cidades.
Assim concluímos nossa aventura e encerramos (desta vez de verdade) a temporada 2010, com chave de ouro, com experiências bem diferentes, como horário e navegação na escuridão. Fica o convite para conferirem e participarem da temporada 2011 que vai começar logo, logo.
Abraço, e feliz 2011!!!
Gandalf.
Minhocas Uh Ha Ha