segunda-feira, 6 de junho de 2011

Travessia Camapuã Tucum

Tempo bom novamente, agora nos permitiu um visual deslumbrante! Saímos bem cedo no domingo - 05 junho 2011, às 06h45, para encarar a BR ainda mais gelada pois fomos de jeep sem capota os quatro: eu (Gandalf), Baby, Jeep e Potter. Após o primeiro acesso ao Camapuã que realizamos no sábado de carnaval, quando não conseguimos nenhum visual por conta das nuvens baixas e uma gelada chuva, recebemos de presente uma janela de bom tempo sobre e exatamente os dois picos onde estivemos. Ao redor, vários outros morros e picos, já conquistados por nós ou não, estiveram, pelo menos, parte do tempo encoberto. Isso nos trouxe uma alegria a mais pela certeza da boa escolha para o destino nesta retomada. Desta vez a subida estava seca. Segundo a dona Marilena, do Sitio do Bolinha, há uma semana não chovia nos arredores. Saímos do sitio às 08h30 pontualmente, e pudemos comprovar a falta de chuva dos últimos dias durante a parte baixa da trilha, onde cruzamos as cinco ou seis vezes pelo rio que se esgueira pelo vale, junto à trilha, praticamente sem umedecer as botas.
A trilha, tradicionalmente entrelaçada por montes de bambus, estava limpa. Os bambus estavam ao redor secos e já afastados, o que facilitou bastante o avanço. Aliás, a subida pareceu bem mais rápida, apesar do rítmo mais lento em relação à última vez. Isso pelo fato de termos chego de jeep até o sitio, pelas transposições de cursos d'água (resgatei essa do tempo de quartel) e por menos bambus pelo caminho. A partida do Sitio do Bolinha é de uma altura de 933m em relação ao nível do mar, e alcançamos o cume do Camapuã, a 1.706m de altitude, após 03h02min de subida, com 3 paradas: duas de descanso e uma para pregar as novas placas na bifurcação entre a trilha do Tucum e do Ciririca. Paramos por praticamente meia hora para um rápido almoço e decidimos comer a 'sobremesa' no Tucum. A decida ao vale entre os picos e a subida até o cume do Tucum levou mais 43 minutos, o que garantiu um alto consumo de calorias devido a inclinação. Ficamos lá no Tucum por mais uns 45 minutos, aproveitamos para tirar as botas, comer mais alguns beliscos e tirar um cochilo, antes de assinar o livro do cume. Lá do alto pudemos observar ainda mais a serra do conjunto Marumbi e calcular o tamanho dos estragos causados pelas chuvas da semana pós carnaval. Várias cicatrizes foram abertas na mata, causando certa tristeza como amantes da natureza, e uma angústia ainda maior por imaginar o pânico e problemas que ficaram para as pessoas que moram por lá.
Seguindo na nossa aventura, resolvemos retomar a caminhada, agora morro abaixo, pois algumas nuvens já tinham vencido a barreira dos outros morros e rumavam para o local onde estávamos. Ainda tínhamos o trecho de volta no jeep (sem capota) que prometia sensações térmicas geladas! Se chovesse piorava ainda mais. Mas tivemos a sorte de tempo bom também no retorno. Ainda lembrando do visual que tivemos, conseguimos visualizar Antonina, um pedaço da baía de Paranguá, o Conjunto Marumbi, o resto do conjunto do Pico Paraná, o Ananhava, Sete e Catira. Para quem ainda não teve a oportunidade, tenha certeza de que ver toda aquela extensão de Mata Atlântica lá de cima é um privilégio, revigora o espírito, retira o stress acumulado e recarrega as baterias ao máximo. Esqueça fadiga muscular, esqueça talvez sede, talvez fome. Isso tudo fica em último plano. E com essa retomada, agora só nos resta começar a planejar a próxima!


Gandalf
Minhocas Uh Ha Ha!


Foto 1: travessia de curso d'água - Baby, Potter e Gandalf.
Foto 2: as novas placas fixadas para a bifurcação da trilha entre Tucum e Ciririca.
Foto 3: Jeep observa do Camapuã um dos próximos desafios: Ciririca.
Foto 4: Jeep aponta o cume do Tucum, na trilha seguem Gandalf, Potter e Baby.