terça-feira, 31 de agosto de 2010

O que um equipamento deve ter

A compra do equipamento para trekking deve ser criteriosa, e o mais importante é entender alguns detalhes técnicos para comprar dentro de um orçamento atrativo e que atenda às atividades que vai praticar. Alguns itens já avaliamos separadamente, mas listamos novamente com dicas objetivas.
BOTA:
- A bota é o item principal, além da resistências e de um solado capaz de manter o equilíbrio e estabilidade em terrenos acidentados, o conforto para um longo período de caminhada é o mais importante. Por isso, experimente e abuse do 'test drive' na hora da compra. Utilize a bota algumas vezes antes de encarar a trilha.
CHAPÉU:
- Deve ser confortável, maleável, e preferencialmente do tipo australiano, bois as abas protegem uma boa parte do sol em torno de toda a cabeça.
CALÇA:
- De tecido resistente, pode ser de brim, porém folgada e flexível, para não evitar os movimentos. Existem calças mais apropriadas e direcionadas ao esporte, impermeáveis, como os anoraks, e as técnicas, com vários bolsos. Em algumas caminhadas, a frequência e chuva, por exemplo, podem calsar assaduras em maior ou menor grau, principalmente para quem possui coxas mais grossas. Uma forma de amenizar esse problema é o uso de boas cuecas do tipo 'box' e até mesmo bermudas tipo ciclista por baixo da calça.
CAMISETA/JAQUETAS:
- A camiseta deve ser a mais confortável possível, para dias de calor intenso. Para os dias de frio, é possível utilizar moleton ou jaqueta, mas procure evitar as de nylon, que podem rasgar fácil se a trilha for pela mata ou vegetação mais densa.
MOCHILA:
- Até 25 lts, nas caminhadas de um dia só, por exemplo, e as cargueiras com 40 lts ou mais para as trilhas com acampamentos por exemplo. Deve estar sempre bem ajustada, possuir fixação na cintura e espaço nas alças para fixar o apito, por exemplo. Ao exemplo da bota, deve ser experimentada para idenficar o conforto para as costas. Quando mais anatômica melhor, pois durante a caminhada ela parecerá aumentar de peso conforme o tempo e a distância forem passando.
BÚSSOLA:
- É interessante que o grupo tenha pelo menos uma para o caso da trilha tornar-se difícil de identificar ou não se conhecer bem o caminho. Mas para usá-la, é preciso entender o mínimo do seu funcionamento, como já mostramos no artigo 'bússola: aprenda a ler para não se perder', e ter uma ideia das direções que serão seguidas através de mapas estudados antes do início do desafio. No caso da trilha, é interessante usar os modelos com régua, com ou sem espelho.
LANTERNA:
- A que melhor se adapta ao uso nas trilhas é a de cabeça, mantendo as mãos livres. Existem diferentes tipos, mas devemos optar pelas lanternas de leds, pois possuem uma capacidade de luminescência (lumens) interessante e uma maior autonomia por carga. Requisitos mínimos são a capacidade de iluminar uma distância de 15 a 20 m à frente e uma autonomia de pelo menos 20 horas.
APITO:
- Existem apitos específicos, do tipo longo, com som mais padronizado para o esporte, mas também podem ser usados até os apitos de arbitragem. O importante é portar sempre um para sinalizar em caso de perigo e que possua um tom alto.
BARRACA:
- A barraca é utilizada para as trilhas com mais de um dia, principalmente, devem ser de rápida montagem, de menor peso possível, ideal na média de 2,5kg, e proteção compatível para suportar os volumes de chuva. No Brasil, a média de chuvas fortes equivale à 2.000mm de coluna de água. Para um custo benefício médio, uma barra deve conter proteção para pelo menos 800mm a 1.000mm de coluna de água, e nesse caso é igualmente interessante que se tenha à mão uma lona multi-uso para auxiliar na proteção caso enfrente-se um volume maior de chuva.
SACO DE DORMIR:
- Será apropriado para o bivaque (dormir ao ar-livre) e também para dentro da barraca. O saco de dormir possui medição para a capacidade de proteção ao frio em estágios: conforto e extremo. O conforto é a temperatura ambiente que permite um sono tranquilo, com bom aquecimento. O extremo já é medido para evitar a hipotermia. Essas medidas são relacionadas ao uso em bivaque e com apenas roupa íntima. Por isso, não é preciso 'temer' alguns modelos, pois podem ser utilizados em temperaturas mais baixas, dentro de barracas e com o uso de mais agasalhos ou mesmo cobertores.

BOA AVENTURA!!!

Gandalf
Minhocas Uh Ha Ha


domingo, 29 de agosto de 2010

SPT7: Fazenda Pico Paraná

Começaram os preparativos para uma jornada longa: serão três dias para cumprir vários roteiros e conquistar diversos destinos. Além disso, estreamos o grupo em acampamentos e vamos ver como nos saímos com o cardápio, muitas vezes não mencionado nas aventuras, mas um item de muita importância. Esperamos conquistar de quatro a sete objetivos, entre eles: Morro do Getúlio, Campuã, Tucum, Caratuva, Itapiroca, Cerro Verde e Ciririca. 
O tempo é relativamente curto, mas o planejamento e o acampamento farão a diferença necessária para buscarmos boa parte deles, quem sabe todos. Daquele passeio sem compromisso, se passaram pouco mais de seis meses e cá estamos, empolgadíssimos com tudo que já fizemos e muito mais que ainda esperamos fazer. Durante a semana, testes de receitas, formas de aproveitamento de espaço nas mochilas e acerto dos últimos detalhes serão o foco para o preparo para o feriadão. E temos grande chance de termos aspirante chegando com estilo. Minhocas, vamos ao desafio!


Gandalf
Minhocas Uh Ha Ha!!!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mínimo Impacto

Mínimo Impacto
Algumas formas simples de ajudar a proteger a natureza estão bem ao seu alcance. Abaixo seguem algumas dicas de como se portar em ambientes de montanha, em especial na região da Serra do Mar.

Quanto ao uso dos caminhos:


# Forme grupos pequenos. Grupos grandes geram maior impacto que vários pequenos separados entre si;

# Mantenha-se na trilha mesmo que esteja enlameada. Ao contorná-la você aumenta o estrago ambiental;

# Não corte caminho nas curvas de nível. Andar por linhas de máxima pendente produz um alto grau de erosão do solo;

# Onde não existir trilha, utilize zonas de superfícies duráveis, como rocha, cascalho ou cursos de rios;

# Não corte a vegetação ao longo da trilha, pois ela ajuda a controlar a erosão;

# Em hipótese alguma abra novos caminhos. Dê o direito ao próximo de estar em um local sem interferência;

# Mantenha baixo o nível de ruído. Os ruídos estranhos alteram o comportamento da fauna e atrapalham pedidos de socorro;

Quanto às áreas de acampamento:

# Em áreas muito freqüentadas, acampe apenas nos lugares permitidos e sobre solo bem compactado;

# Em áreas pouco freqüentadas, acampe somente em clareiras já existentes. Não faça valetas para escoar a água da chuva. Além de serem inúteis acabam por erodir o solo;

# Onde não houver clareira, prefira acampar sobre a vegetação baixa sem corta-la. Lembre-se de levanta-la antes de ir embora;

# Sempre que possível faça bivaque;

# Não faça fogueiras. Elas matam o solo, alteram os locais de acampamento e provocam incêndios. Para cozinhar, utilize fogareiro.

# Não construa estrutura de nenhum tipo;

# Em zonas de acampamento use calçado de sola macia. Evite o pisoteio da vegetação;

# Traga de volta todo o lixo produzido. Lixo na floresta, além de sujar o ambiente, pode prejudicar os animais silvestres;

# Não use xampu, sabonete ou detergente na água dos rios. Lave panelas, pratos e roupas somente com sabão neutro e longe dos córregos de água. Para isso utilize um recipiente;

# Faça suas necessidades fisiológicas a pelo menos 50 metros dos cursos de água. Enterre-as para não prejudicar os animais silvestres;


Outras dicas:


# Bússola, mapa, lanterna, comida e água extra, estojo de primeiros-socorros, barraca e roupas adequadas são indispensáveis em ambiente de montanha;

# Assine os livros de cume. Eles podem auxiliar as equipes de resgate em caso de acidente;

# Evite roupas camufladas. Em caso de acidente elas podem dificultar as equipes de resgate;

# Não alimente os animais. Isto pode leva-los a morte, pois a dieta de bicho não é igual à de humanos;

# Deixe intactas as plantas, animais e outros bens naturais. Para suas recordações, tire fotografias;

# Se você acredita nestas regras de convivência com a natureza, não perca a oportunidade de transmitir-las adiante.


Texto e dicas retirado do site
http://fazendapicoparana.altamontanha.com/minimo.asp
Texto e dicas retirado do site
IVITURUI


Jeep


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Desafio 7: Começam os preparativos

Minhocas, começamos os preparativos para o próximo desafio, mais prolongado, aproveitando o feriadão de 7 de setembro. Estão previstos 3 dias, acamparemos na Fazenda Pico Paraná, para realizar o trekking para 5 ou 6 morros/picos. Preparem suas barracas, coloquem seus sacos de dormir no sol, e comecem a pensar no cardápio. Aventura sim, mas com algum conforto. Os minhocas que querem participar retornem para podemos planejar a alimentação geral e outros detalhes. Para quem quiser adquirir mais algum equipamento extra sugerimos a loja da Território, dentre elas a do Shopping Palladium. Conversem com o Silvio, informando que viram a dica no Minhocas da Terra. Ele é a pessoa certa para indicar o melhor material a ser usado para a atividade que irão realizar.

Gandalf.
Minhocas Uh Ha Ha


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Desafio 6: Travessia Mãe Catira para Sete

Dizem que agosto é o mês do cachorro louco, e parece que no dia primeiro dia deste mês resolvemos aceitar a fama e enfrentamos uma trilha mais fechada acreditando que desta vez a meteorologia estaria errada. Apesar dos três ou quatro últimos dias terem um céu de brigadeiro, muito azul e com o sol numa temperatura bacana. As previsões diziam que a frente fria vinda do sul chegaria justamente no domingo, apesar de um vento constante vindo de noroeste. Esse encontro traria pancadas de chuva forte e trovoadas. Mesmo assim, resolvemos embarcar para lá, eu, Jeep, Baby e o aspirante Ulisses, para ver se no pé do morro a coisa estaria diferente. Pequenos raios de sol iluminavam parte da estrada e uma neblina que podia ser o presságio de uma possível trégua do tempo nos fizeram jogar as mochilas nas costas e encarar a subida. Dessa vez tivemos a fiel companhia dos cachorros do sítio. Quem estava por lá era o Milton, ajudando a cuidar da propriedade porque o bom caseiro Espalha Brasa, estava fazendo alguns exames médicos na cidade. Demos apelidos a nossa tropa de cães: o Preto, a Marrom e o Mestiço. A subida começou fria, porque o nevoeiro tomou conta, mas seguimos em frente. Em relação à primeira vez que estivemos ali, percebemos que a subida estava num ritmo melhor, pois tínhamos um grupo bem menor e não fizemos o trecho de estrada. Chegamos rápido à cachoeira, com cerca de 45 minutos. Paramos alguns momentos e tocamos em frente. Algumas partes que sentimos dificuldade de identificar a trilha da outra vez identificamos com nossas fitas alaranjadas. Com pouco mais de 3 horas chegamos ao falso cume, onde paramos da outra vez e realizamos o batismo da segunda turma de minhocas. Desta vez seguimos em frente contornando em direção ao verdadeiro cume, mas novamente à nossa volta só enxergávamos o branco do nevoeiro.
O vento aumentou e já sentíamos uma fina garoa. Como a vegetação ali é mais baixa, porém fechada, começamos a ficar com as calças molhadas pelo orvalho.Seguimos em frente e chegamos até o marco geodésico, ponto de triangulação encravado no cume do Mãe Catira. Uma rápida pausa, já com uma chuva um pouco mais volumosas resolvemos continuar em frente e começamos a descida em direção ao Sete. Ali a trilha é um pouco mais difícil de perceber, é importante permanecer atento para não errar. Deixamos alguns marcos a mais com nossas fitas, mas devemos confessar que a presença da tropa de cães auxiliou bastante, pois comportaram-se como verdadeiros guias. Mais de 30 minutos a mais de caminhada, ainda descendo, a chuva apertou e foi a hora de definir por abortar a finalização da travessia. A chuva demonstrava que iria apertar ainda mais e a subida de retorno ficaria comprometida. Com o consenso de todos, iniciamos o retorno com a promessa de voltar num dia seco e finalizar a travessia, já que tivemos novamente tempo ruim para as fotos que o lugar merece. Fechamos a trilha com 18 km no total, sempre acompanhados fielmente pela tropa de cães que tiveram sua recompensa quando, finalmente, paramos na cachoeira na volta para comer nosso lanche, mesmo com a chuva que caia. Como disse o aspirante Ulisses: "não chegamos no Sete, mas foi Seis e Meio", ficou a sensação de um Mãe Catira bem cumprido, mas o gostinho de quero mais para chegarmos no Sete, em breve.

Foto: Baby, Ulisses, Jeep e Gandalf

Gandalf
Minhocas Uh Ha Ha!