quarta-feira, 9 de maio de 2012

Itapiroca (05.05.12)

Frio e chuva. Essa era a espectativa que eu (Potter) e o outsider Victor (Preto) esperávamos para o dia escolhido da investida ao Itapiroca, morro desconhecido para ambos. Após alguns ajustes, conseguimos sair no sábado, às 7h, não tão cedo como de costume, mas cedo o bastante para não pegarmos o sol de meio dia batendo na nuca durante a subida. Sim, na contra mão das ideias, o sol resolveu aparecer.

Estrada tranquila, mesmo com neblina e as famosas "obras na pista", chegamos à Fazenda Pico Paraná, após errar a entrada, ação que já virou ritual de passagem. Lá, sempre bem recepcionados pelo Dilson e seu filhinho  administrador, alguém resolveu varrer as nunvens do céu e nos presentear com a bela vista, sem miopia, dos morros. Fizemos uma subida movimentada, pois muitas pessoas estavam indo acampar para ver a maior Lua cheia dos próximos 2 mil anos(!), fato que os cientistas insistem em comprovar que ocorre anualmente. Vai saber no que o pessoal acredita, né?

A chegada no cume, após 2h e 40min, foi inesperada, pois a trilha fechada acaba logo no início do aplainamento e vegetação mais rasteira do topo do Itapiroca, um ponto de exclamação para quem não faz ideia de quanto falta para comer seu sanduíche de peito de perú. Alimentado, hidratado e descançado, fui tirar algumas fotos e explorar as redondezas, já que alguém lá de cima resolveu esperar para regar suas plantas. Enquanto o Preto dormia, tentei capturar algumas janelas, e, olhando para uma delas, me senti o Peter Pan olhando, aravés das nuvens, para o navio do Capitão Gancho (sorry pessoal, mas tive que repetir a comparação).

Após algum tempo, resolvemos ir até o "livro do cume". No caminho, passamos por um trecho de vegetação alta mas não tão fechada, que com a iluminação do sol e o solo bastante úmido e virado em lama se tornou o trecho mais bonito desse tipo de vegetação que já andei.


Encontramos mais um pessoal lá, que nos ajudou a desviar da trilha do "cagadouro", e chegamos ao marco. Após um tempo de adimiração da vista e uma tentativa de subida a uma pedra em destaque, resolvemos descer.

Não se sabe ao certo quanto tempo levamos para tal façanha, pois, assim como aprendi quando atacamos o Anhangava à noite, nós apreciamos a experiência, e não batemos recordes. Caso contrário, não observaríamos, lá de cima, uma pequena mudança na vegetação lá de baixo. Algumas árvores de folhagem avermelhada. A curiosidade só foi sanada quando já estávamos voltando de carro para a BR, quando, olhando para o lado direito da estrada, o Preto fala: "lembra das árvores de folha avermelhada?". Um pomar de caquis, carregado. Única foto que vou me arrepender de não ter tirado até voltar lá.


Clima agradável, companhia bacana, experiência incrível.
Só o que tenho é encorajar aqueles que esperam dias frios e chuvosos.

Potter.
Vai grifinória!