segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Araçatuba III - Retorno para exploração

Então é isso: estava na hora de retomar as postagens aproveitando o inicio da temporada 2013. Mas antes do relato mais recente, vamos colocar em dia o que ficou pendente. Nossa última trilha de 2012 foi em 04 de agosto. Encaramos o Araçatuba de uma forma diferente, bem mais cedo. Aproveitamos que o tempo deu uma trégua, sem chuva, e saímos em torno das 4 horas da matina. Após encarar a BR 376, sentido Curitiba - Garuva, chegamos na entrada do Matulão, na parte sul de Tijucas do Sul.

Chegamos no pé do Morro antes das 5 horas, e para não acordar ninguém paramos o carro no lugar de costume e decidimos pagar a taxa de estacionamento na volta. Todos preparados, estávamos prontos para testar alguns equipamentos novos. Subimos com 3 câmeras: a minha compacta, a semi-pró do Jeep e a Go Pro do Potter. E como já esperávamos, essa foi uma das trilhas mais fotografadas de nossa aventuras, perdendo apenas para o acampamento do Itapiroca - e devemos considerar que lá foram dois dias inteiros.

Subimos num ritmo bacana, galgando platô por platô. Antes disso, assim que atravessamos o filete de rio pela segunda vez, chegamos na pedra de referência, aquela com a seta. O Potter aproveitou para testar seus conhecimentos de escalada. De sapatilhas e magnésio, foram algumas tentativas, mas a pedra é muito lisa, além de considerar o tanto que teríamos que subir ainda. Deixamos a escalada depois de 30 minutos e retomamos a subida.


O Sol apareceu por completo quando estávamos no penúltimo platô antes do cume, logo antes do trecho mais íngreme. Aproveitamos para mais fotos e videos. Foi ali que decidimos em tentar um retorno alternativo, seguindo pelo lado esquerdo (de quem desse) da trilha original, aproveitando que nosso caminho estava marcado pelo GPS. Já nesse último trecho, Potter subiu por uma alternativa mais a direita, tentando achar por onde descia a água da chuva, como vimos no último acampamento.

Chegamos no cume às 10 horas. O Sol brilhava forte, mas o vento, que não pudemos medir e sim apenas filmar, devia chegar aos 80 km/h fácil. Dessa vez o livro do cume não estava lá. Aproveitamos nossa lona multiuso e improvisamos um abrigo para um rápido cochilo ao Sol. Resolvemos seguir para a trilha alternativa às 11h para almoçar do outro lado da morro, próximo a pinheiros que avistamos lá de cima. Iniciamos a decida, sem trilha, mas com a segurança de poder visualizar longe nosso rumo. Foi necessário cuidado pois a vegetação é alta, sobre um solo um tanto irregular, um bom cenário para acidentes.

Depois de um bom trecho de descida chegamos ao segundo platô da descida, onde encontramos um fonte d'água. Logo em seguida localizamos um lugar para almoçar, sob uma mirrada sombra de pinheiro e ao lado de uma pedra em forma de pingüim. Dali traçamos nosso caminho através de um vale para encontrar novamente a trilha original. São cerca de 300 metros entre um lado e outro. Encaramos a vegetação mais alta e, fora de nossos planos. Essa vegetação parecia costurada por finos cipós. Foi uma briga feia, mas quando chegamos no fundo nos deparamos com uma cachoeira que parecia tocada. Uma pequena clareira onde a luz do sol iluminava como num cenário de filme. Jeep preferiu apenas ficar à margem, mas eu e Potter decidimos encarar a água para refrescar. Mas fomos vencidos! Só deu para molhar até os joelhos! Apesar do calor e do sol, a água estava congelante!

Depois de alguns minutos reequipamos e retomamos a subida. Forma mais 200 metros de boa briga com a vegetação, mas ganhamos a batalha e alcançamos a trilha. Depois de mais uma hora de descida  chegamos ao carro. Essa acabou como a última trilha da temporada de 2012. Algumas reviravoltas nas vidas dos Minhocas acabaram dificultando trilhas, até o inicio de 2013. Mas a outra trilha fica para o próximo post.

Nessa trilha tiramos - e devemos registrar - algumas dicas importantes. Apesar de calcularmos os riscos, termos o GPS e bússolas, faltou equipamento básico como faca ou facão, para auxiliar na abertura da trilha. A parte controversa é que não se deve sair abrindo trilhas por aí. É claro que buscamos o diferente, mas não esqueçamos nunca da segurança e da preservação do ambiente que exploramos.

Até breve.
Gandalf
Minhocas Uh Ha Ha