quinta-feira, 21 de abril de 2016

Pão de Loth: uma trilha para iniciação

Nesses seis anos de história dos Minhocas da Terra pelas montanhas e trilhas da Serra do Mar do Paraná, escolhemos algumas como favoritas, outras com seus atrativos peculiares, como o Araçatuba, descrito por alguns como confusa ou que causa grande desconforto devido o castigo pelo sol, mas para nós é uma oportunidade de exploração e visual incrível.


E o Pão de Loth nos dá a segurança de ser uma trilha relativamente bem tranquila, onde indicamos para levar crianças e iniciantes. Hoje, o sabor foi ainda mais especial, pois iniciamos dois futuros membros do Minhocas da Terra. Melhor: duas mulheres, guerreiras, que confesso jamais pensei que cruzariam a linha 'quem sabe um dia' e de uma hora para outra, depois de nossa última trilha, simplesmente se empolgaram e alegaram: 'na próxima nós vamos!'. Claro que agilizamos em organizar, e não é que elas foram mesmo! Fizemos o planejamento e acabamos em família. Eu, Gandalf, Fôdo, Potter e suas respectivas mães, Andréa e Maria Elisa, minha esposa e cunhada.

Foi bacana ver a empolgação das duas na véspera, os preparativos e ansiedade. Nós no ritmo já conhecido, preparando as mochilas com os equipamentos de sempre e também dos suprimentos de água e comida, além da nossa nova marca registrada, graças ao Potter, o café da manhã do topo. Como era a primeira trilha delas, decidimos começar no claro, e saímos às cinco do QG para começarmos às 06h.  Dentro do previsto, começamos a trilha por volta das 06h10, após o devido registro do posto do IAP. A descida pelo Itupava levou um pouco mais de tempo, claro, temos que manter o ritmo das convidadas e com aproximadamente uma hora e vinte, alcançamos a entrada do morro.

Nesse horário, aliás, várias outras pessoas também já iniciavam a descida do Itupava, aproveitando o feriado de meio de semana, sem se importar que no dia seguinte muitos tem batente a cumprir. Mas voltando à trilha, até ali apenas o cansaço da caminhada era o assunto das convidas. Aproveitamos para marcar novamente a entrada com nossas faixas laranjadas, e iniciamos a subida. O esforço se multiplicou, mas o pânico de altura era o principal desafio a ser vencido pelas duas Aspirantes. Nos grampos finais, o medo foi finalmente vencido e alcançar o topo deu às duas uma sensação de vitória e superação que transcendia seus olhos, sorrisos. Almas transparentes de uma energia de vida renovada. Uma das melhores experiências que vivi em nossas trilhas, confesso.


Nossas "pés de coelho" puderam curtir o que tem de melhor no visual de lá, todas as montanhas estavam bem à vista, Curitiba e as demais cidades próximas fáceis de enxergar. Como pano de fundo, um céu azul praticamente sem nuvens. Aproveitamos para passar o tradicional café, mandamos lanches para dentro e o Fôdo tirou seu cochilo para repor um pouco do sono interrompido para sairmos cedo. Ficamos um bom tempo curtindo no cume, até que o sol começou a mostrar sua força, aproveitamos para iniciar a descida um pouco antes das dez horas. Apesar da apreensão inicial das estreantes, descer foi menos apavorante do que podia ser. Realmente a energia recarregada no topo deu outro sabor à aventura.



Depois de chegarmos no carro, ficou a certeza de que vamos prepara uma nova aventura com nossas iniciadas para então termos mais um batismo nas trilhas. Pelo nosso planejamento, vamos para um novo desafio logo no inicio de maio. Nos vemos até lá.

Abraço, Gandalf.


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