domingo, 23 de abril de 2023

PICO CARATUVA - RETORNANDO À ATIVA!!

 O contato de um velho amigo da época do quartel me surpreendeu de forma muito positiva. Um convite a remexer as experiências nas montanhas através de um pedido de dicas para uma possível aventura no sábado de feriado prolongado de Tiradentes. Claro que prontamente me ofereci para prestar as informações que precisava, mas também me escalei para participar! E com o passar dos dias vários compromissos retiraram dos planos os amigos dele que estavam escalados e apesar de ter ficado sozinho, manteve o calendário graças a minha oferta de ser o guia. Então, nos combinados e fomos os dois, aproveitando para colocar o papo em dia.

Fiz contato coma Fazenda Pico Paraná, e Dilson (contato ao final do poste) me passou todas as diretrizes atualizadas, da disponibilidade de acesso 24h, porém com taxa um pouco maior para entrada das à noite, das 18h às 06h, o que concordo como justo, as regras para cadastramento para o monitoramento das pessoas que acessam as montanhas da região e os itens que são ofertados pela estrutura da Fazenda, como área de camping, banheiros, lanches e bebidas.

Combinamos a saída às 5h e rumamos pela 116 até a entrada discreta da estrada de chão, imediatamente antes da ponte sobre o rio Tucum, no km 46 Sul, logo após a placa que indica a passagem pela ponte. São mais 5,4 km pela Estrada do Barro Branco até o estacionamento da Fazenda Pico Paraná. A estrutura continua ótima.

Nos deparamos com estacionamentos lotados, muita gente mesmo aproveito o feriado para conhecer a região. Dos vários contatos que fizemos pelo caminho, a grande maioria era de fora, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. De Santa Catarina, inclusive, tivemos o prazer de conhecer o grupo Trilha Pega Leve, que fazia imagens com seu drone, um grupo bem animado. A subida se iniciou pouco antes das 07h da matina. A expectativa era alcançar o cume em até 3h30 minutos, mas os dois cinquentões mostraram que estavam em ótima forma!

Paramos na primeira pedra do mirante, no início do morro do Getúlio, para tirar as primeiras fotos e mostrar a vista para meu amigo Fabrício, lhe dando uma noção do que esperar, já que essa era sua primeira experiência no trekking. Nesse primeiro trecho, a mata fechada ainda estava fria, mas pelo nosso ritmo, já subiu a temperatura e tiramos os casacos. Mochilas a postos, retomamos a subida. O clima estava ameno, com um bom grau de umidade suficiente para deixar alguns pontos bem encharcados e, consequentemente, muita lama. O trânsito de pessoas descendo era intenso. De forma unânime foram nos passando que o pico estava lotado na última noite e que o tempo estava fechado, não permitindo um bom visual e desapontando aqueles que pernoitaram para pegar o belo visual do amanhecer. 

Logo alcançamos o pico do Getúlio, onde encontramos um grupo maior que estava subindo para passar a noite, todos bem encapotados e com semblantes cansados, o que particularmente me deu uma sensação de parecer um ET por estar já com calor, só de camiseta e ainda muito animado!! Meu parceiro de trilha estava na mesma onda, muito animado e curtindo tirar fotos, o que confessou não ser muito sua praia, mas aquele momento lhe era especial. Assim como também foi. 

A parada foi rápida e já botamos o pé na trilha. Ali tiramos a dúvida final entre o Caratuva e o Itapiroca, e batemos o martelo em seguir pelo primeiro. Se houvesse tempo e pique, quem sabe faríamos o segundo também. Chegamos rápido na intersecção entre a trilha do PP/Itapiroca e o Caratuva, pegamos a esquerda e seguimos, começando uma leve descida, até alcançar o rio por onde a trilha novamente se dividia entre a amarela/branca para o Caratuva/PP e a azul que segue para o Taipabaçú/Ferraria. Seguimos pela direita, na trilha amarela. A partir dali, a subida é íngreme e graças à umidade da noite anterior estava bem barrenta e escorregadia, As cordas dispostas em pontos estratégicos foi de grande ajuda. Novamente muito trânsito de pessoas descendo e a brincadeira do 'já está quase chegando, falta só meia hora' se repetia a cada grupo que encontramos. 

Mas novamente o ritmo me surpreendeu e com 45 minutos alcançamos o topo. Paramos de cara no livro do cume e deixamos nossas assinaturas, no meio das instalações da antena UHF do local. Partimos para trás do cume, para ficar de frente para o gigante adormecido - PP - e nos deparamos com um bom aglomerado de barracas e pessoas que já estava por lá. O local estava com muita lama, provavelmente piorada com a circulação de todos. De frente o PP encoberto por nuvens e tudo ao redor era um maravilhoso mar de algodão branco. Era possível observar o acampamento base e o avançado do PP, além do acampamento do Itapiroca. Durante nosso lanche, deu tempo de descolar algumas fotos com um pouco mais de visual.

Definimos por apenas descer e encarar o Itapiroca numa próxima oportunidade. Assim, começamos a descida, com bastante cautela para evitar surpresas com escorregões e 1h45 depois estávamos na base, prontos para um refrescante lava-pés nas águas geladas da cachoeira. Muito grato por meu amigo de longa data ter me convidado e proporcionado esse belo retorno à região. O papo foi atualizado, boas lembranças e histórias e agora fica a expectativa para a próxima.

Até lá. Gandalf - Minhocas Uh Ha Ha!


Fazenda Pico Paraná - https://goo.gl/maps/EDJg2ecozWv7HS7AA
Contato: Dilson (41) 99906-5574

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