Estamos de volta!
Depois de um bom tempo com planejamentos não realizados, novos direcionamentos na vida, novos grupos se formando e uma presença maior que nos guia trouxe a oportunidade de reviver experiências e compartilhar o que aprendemos com uma nova geração. Após 15 anos, um novo grupo de jovens aviva a vontade pelas trilhas, conhecer nossas montanhas e ter mais contato com a natureza. E a data escolhida foi 01 de maio de 2025, aproveitando o feriado do dia do trabalho.
Um dia para novas aventuras, mudança completa do dia a dia, mas mantendo a essência do contato com Deus, o grupo de jovens da Igreja Presbiteriana da Silva Jardim, aqui de Curitiba, coloca o velho Gandalf de volta aos caminhos de nossa Mata Atlântica, no primeiro “Silva na Trilha”. O projeto vinha em planos há algum tempo, mas meu encontro com essa comunidade, agora como membro, permitiu a centelha que faltava para queima o fogo da aventura no meio dos jovens cristãos, das sociedades internas UMP (União da Mocidade Presbiteriana) e UPA (União Presbiteriana de Adolescentes).
Para começar uma parceria que promete ser longa, o primeiro desafio escolhido foi o Pão de Loth. Todos muito empolgadas, reunimos um grupo de 17 pessoas, a grande maioria saido da Igreja, na Silva Jardim, e nos encontrando com os demais já no posto do IAT no início do Caminho do Itupava. Chegamos lá por volta das 08h20 e já deu para notar a grande diferença. Primeiro com a estrutura: agora temos um novo posto do IAT, praticamente pronto, com banheiros e uma nova estrutura para receber turistas. O velho trailer está parado ainda por ali, mas sem uso. Um novo posto ainda improvisado, conta com o pessoal que recebe as informações dos visitantes através de um QRCode que encaminha para um formulário digital online.
O totem de concreto do Caminho do Itupava trocou de lugar. Há muito mais espaço para estacionamento. Porém, esse espaço já está pequeno porque a multidão de visitantes era incontável. Pela segunda vez, dessas últimas, um feriado mostrou que muitas pessoas começaram a curtir aventuras em caminhas em nossas montanhas. Mas, diferente do que acontecia há poucos anos, as trilhas estavam impressionantemente limpas, localizamos 2 ou três pontos onde achamos um papel de chocolate ou plástico. Parabéns à essa nova “tribo” consciente!
Começamos a subida às 08h42, a mata está mais fechada do que antes costumava estar. Os pontos de intersecção estão bem marcados com placas indicativas, como o início da trilha do Anhangabaú, depois a entrada para cachoeira, agora apenas um pequeno escorrido pelas pedras, depois o início da descida que indica o Caminho do Itupava e o Pão de Loth. Aos exatos 2km de trilha iniciamos a subida propriamente dita. Os pontos que eram um pouco complicados agora conta com degraus de ferro cravados nas pedras e algumas cordas também. O alto trânsito de pessoas no dia deixou a trilha pisada bem enlameada com a umidade noturna natural.Demoramos um bom tempo para alcançar o cume, pois alguns pontos críticos de pedra afunilavam a turma que devia com a subida. Claro, a prioridade para quem decida para justamente haver mais espaço para quem subia. O público feminino parecia prevalecer sobre quem passava, turistas de outras línguas também passaram por nós. O que ajudou na organização de nossa turma foi o uso de rádio amador no abre-trilha e no fecha-trilha, dita do a cadência com base naqueles que precisavam descansar mais. Mas o ritmo lento não foi um problema e rápida ente se tornou um motivo a mais para curtir todo o visual em volta e foi muito gratificante ver essa nova geração de jovens se conectando com o ambiente natural ao seu redor.
Ao finalmente chegarmos no primeiro cume, da direção Leste, o sol não era forte graças a quantidade de nuvens presente. O cume do Anhangava estava à vista, assim como a baia de Antonina e a baia de Paranaguá, mas as nuvens não deram trégua e cobriram o tempo em que lá estivemos o cume do Marumbi e também o conjunto da serra do Ibitiraquire, onde fica o Pico Paraná. Todos aproveitaram para devorar seus lanches, inclusive eu, o que não era comum nas minhas trilhas anteriores. Muitas fotos foram tiradas por todos e o sinal de cansaço não se fazia presente. A satisfação da conquista era maior! Terminado o lanche seguimos para o cume mais alto, à Oeste e lá, mais fotos agora com Curitiba ao fundo, aumentaram o número do acervo tirado. Concluímos nosso momento lá no alto, tivemos uma palavra lida e oração feita pelo nosso querido Pastor Renato, onde todos demos tiraram a profunda gratidão pelo momento proporcionado por nossa amado Deus para todos nosso grupo. Alguns pela primeira vez, outros retomando o sentimento incrível que a trilha nos proporciona.
A descida já se iniciou após o meio dia, prontos para encarar mais uma possível fila na descida. Mas o horário acabou nos favorecendo e o ritmo foi mais “normal”, ditado pelo nosso próprio ritmo e nossa aventura contou ainda com uma passagem relâmpago pela cachoeira quase seca do Anhangava, frustrando um pouco nossos jovens que queria ter um contato com a água gelada de nossas montanhas. Ficou para a próxima.
Finalizamos a trilha após 6h46 minutos de caminhada, entre paradas e trekking. Todos com uma satisfação imensa pelo desafio conquistado e, de forma unânime já querendo saber qual será nosso próximo destino! Maravilha, graças ao Pai pela oportunidade de retomar as trilhas, com propósito ainda melhor e gratificante, na certeza, voltamos muito em breve!
Salmos 24:3-4:
"Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente."
Gandalf
Minhocas Uh Ha Ha!!